Terça-feira - 07/01/2014
Moradores de Andrelândia se unem para evitar desabamento de capela dedicada a Santo Antônio
O objetivo é também resgatar a tradição das celebrações religiosas e festivas que eram realizadas no templo
Uma força-tarefa para evitar o desabamento de uma das mais tradicionais capelas da cidade de Andrelândia (Sul de Minas, a 300 km de Belo Horizonte) começou a funcionar neste último final de semana.
Munidos de serrote, martelo, cavadeira, pregos, tábuas e estacas de eucalipto, cerca de vinte pessoas promoveram, na manhã do último dia 04, o escoramento das paredes externas da Capela de Santo Antônio, localizada no sopé da serra de mesmo nome, a cerca de cinco km da cidade. A missão foi cumprida com sucesso após três horas de trabalho de membros do Núcleo de Pesquisas Arqueológicas do Alto Rio Grande, associação dedicada à preservação do patrimônio cultural da cidade; de moradores da região e de voluntários que aderiram à causa.
A Capela, inaugurada em 1942, e que foi durante décadas ponto de encontro, festas e celebrações dos moradores das redondezas, está abandonada há mais de dez anos e ameaça ruir.
Segundo diagnosticado pelo arquiteto e urbanista José Marcos Alves Salgado (membro do NPA), todo o engradamento do templo encontra-se destruído em razão de infiltrações e da ação de cupins, o que provocou o seu abatimento, empurrando as paredes laterais e a frontal para fora, desestabilizando a edificação, que por pouco não foi ao chão.
O escoramento realizado dará sobrevida ao templo, até que o engradamento danificado seja retirado e as paredes reforçadas, ações que precisam ser realizadas com urgência.
De acordo com os representantes do NPA, o objetivo é buscar apoio da comunidade para que o templo seja integralmente restaurado e que possa ser novamente utilizado para celebrações religiosas e realização das tradicionais e saudosas festas de Santo Antônio. “Pretendemos resgatar não somente a estrutura da edificação, mas também as práticas tradicionais ali realizadas por décadas e que ainda estão presentes na memória dos antigos moradores, que enxergam a Capela como elemento representativo de sua identidade”, complementam.