Pinturas rupestres têm características similares às de Andrelândia e Carrancas

A descoberta de um novo sítio arqueológico com arte rupestre na região do Alto Rio Grande, no Sul de Minas, joga um pouco mais de luz sobre a pré-história de Minas Gerais.

No dia 04 de maio de 2013 uma equipe do Núcleo de Pesquisas Arqueológicas do Alto Rio Grande (NPA, uma associação de pesquisa sediada em Andrelândia-MG), fez o registro do Sítio Arqueológico do Morro do Sabão, situado na Fazenda Trincheira,  região da Mata dos Perdidos, a 1233 metros de altitude (lat: 21.51545 S, long:  44.31206  W), na cidade de Serranos, a 380 km de Belo Horizonte.

 

 

O sítio está situado em local de difícil acesso, em um abrigo rochoso de gnaisse (Toca do Sabão II),  e conta com dezenas de pinturas monocrômicas (vermelhas) com representações antropomorfas, zoomorfas e geométricas. Dentre as antropomorfas, chamam atenção as representações filiformes masculinas com falos em destaque. 

No piso do abrigo existem aparentes estruturas de combustão e um bloco lítico com sinais (depressões e estrias) de ter servido de base para atividades de percussão e corte.

As pinturas rupestres de Serranos guardam semelhanças com as já descobertas nas vizinhas cidades de Andrelândia (Toca do Índio – Parque Arqueológico da Serra de Santo Antônio e outras) e Carrancas (Zilda) e contribuem para a possível identificação de uma tradição rupestre própria do Alto Rio Grande.

A equipe do NPA visitou o sítio a convite do Secretário de Turismo de Serranos, Lucas Gomes dos Santos, um ativo defensor do patrimônio cultural da cidade.

 

 

Os dados preliminares colhidos pelo NPA foram repassados ao Departamento de Arqueologia da Universidade Federal de Minas Gerais, aos cuidados do Prof. André Prous, que pesquisa a pré-história do Sul de Minas desde a década de 1980.

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